sábado, 16 de março de 2013

Alguns artesanatos da aldeia!

Essas são algumas cestas feitas por integrantes da aldeia Nhu Porá para arrecadar dinheiro para levantar alimentos ou para conseguir materiais de construção para própria aldeia...


Cestas feitas a Mão

Diversas Cestas Feitas a mão

Para ajuda e para compra favor ligar para o numero: (51)96596611 Falar com Jane Dallacorte

Esse é o Cacique!

     Esse Homem controla todas as pessoas dessa aldeia, ele batalha por elas, ele briga, por elas ele faria qualquer coisa por elas...
     Esse Homem luta para que todos os dias eles tenham algo para comer, algum lugar para morar ou ao mesmo uma água para beber...
      Sou um mero colaborador me ''Espelho'' nesse homem, pensando que talvez um dia eu serei parecido com ele espero... ou mesmo fazer algo de bom que nem ele fez para tantas pessoas...
   


História da Aldeia Nhu Porá

        Tekoá Guapo'ý Porã, conhecida pelos não-indígenas como Aldeia Guarani de Torres, é uma comunidade indígena guarani localizada no município de Torres, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no Km. 7 da rodovia BR 101.
       “No dia 2 de novembro próximo, vai fazer 4 anos que estamos aqui nesta terra”, estas são palavras de Lorenço, sogro do Cacique Mário da Reserva Indígena  do Campo Bonito ou, como eles preferem chamar na sua língua mater: “nhuûuporã” palavra em Guarani que tem a mesma significação, ou seja: campo bonito. Está se buscando consenso para grafia da palavra, “nhuûuporã” , que os índios pronunciam, são 93 indivíduos, 49 homens e 43 mulheres que vivem em 94 hectares de terra na localidade de Campo Bonito, Município de Torres no Rio Grande do Sul.                                                                        A Comunidade Indígena Campo Bonito é composta hoje por 17 famílias e viviam, até serem assentados nesta área onde se encontram, há 14 anos acampados às margens da BR-101, no município de Torres, no estado do Rio Grande do Sul, na localidade de São João. Como parte do projeto de duplicação da BR-101, foram previstas várias medidas mitigatórias e compensatórias. Uma delas previa a aquisição de terras para realocação da comunidade indígena, que vivia em condições bastante precárias. Foram vistoriadas quatro áreas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Funai, sendo que uma delas era a Fazenda Rio da Casa Branca, de Fernando Portugal Muniz, descartada porque apresentava uma série de problemas que a tornavam imprópria para o assentamento da comunidade indígena. Conforme a ação do MPF, a propriedade de Fernando Portugal é uma fazenda abandonada, onde não há qualquer espécie de cultivo ou aproveitamento econômico. Uma série de problemas torna a Rio da Casa Branca imprópria para o assentamento da comunidade indígena, visto que ela se situa ao pé da Serra Geral, em área com intensa declividade, drenada por diversos cursos dágua e recoberta por Mata Atlântica intocada, sendo boa parte de sua área definida como de preservação permanente. Além disso, para se chegar à fazenda, é necessário atravessar dois rios, por dentro do seu leito, pois não existe ponte. A dificuldade de acesso acaba tornando difícil a assistência aos indígenas, como o transporte de mantimentos e medicamentos, e inviabilizando a educação das crianças, já que a escola municipal mais próxima fica a mais de 10km da fazenda e o transporte escolar não consegue chegar ao local.
         Como se não bastassem os obstáculos geográficos, a região oferece riscos às pessoas que lá vivem. Em decorrência do regime hidrológico, com elevação repentina do nível dos rios, e da proximidade com a mata, com a presença de felinos de grande porte, especialmente as crianças ficam expostas ao perigo. Após a análise das áreas, a Funai optou pela aquisição de uma área de 94 hectares, localizada no município de Torres, posteriormente denominada Terra Indígena Campo Bonito. Essa área fica a apenas seis quilômetros do antigo acampamento da comunidade, às margens da BR-101. Tem mata nativa, cultivo de eucaliptos, abundância de água, açudes e benfeitorias.
         A partir de então, conforme o MPF, os réus Fernando Portugal Muniz, proprietário da Fazenda Rio da Casa Branca, e Luiz Sérgio Tondo, corretor de imóveis, passaram a atuar no sentido de forçar o Poder Público a adquirir o imóvel. Segundo a ação, Luiz Tondo passou a visitar com freqüência o cacique Horácio Lopes, levando alimentos e presentes. A estratégia  consistiu em levar os indígenas para a propriedade a fim de criar um "fato consumado".
        O assédio moral à comunidade acabou por provocar uma cisão na comunidade indígena, fazendo com que sete famílias - inclusive a do cacique -  fossem instalar-se na Fazenda Rio da Casa Branca. A remoção de parte da comunidade indígena foi feita por meio de um ônibus e de um caminhão, contratado por Luiz Tondo. O transporte das sete famílias aconteceu sem o prévio conhecimento da Funai.
         Com uma procuração assinada pelo cacique, dando amplos poderes, os réus contrataram um advogado que protocolou uma petição dirigida ao representante da Funai em Passo Fundo (RS), requerendo a aquisição da Fazenda Rio da Casa Branca. Por meio da procuração, o cacique afirmava que não aceitaria nenhuma outra terra que não aquela. O mesmo advogado, agindo em nome do cacique Horácio, também promoveu representação criminal contra um servidor da Funai que denunciou a ação de Luiz Tondo ao MPF. Outro dado apontado na ação afirma que, mesmo morando numa barraca de lona preta, o cacique tem um celular via satélite instalado por Luiz Tondo, para monitorar o que acontecia no local.
        Todas estas histórias para ilustrar.  Mas também para que percebamos quão precário é o sistema de garantias de Direitos Sociais e Fundamentais que as Comunidades Tradicionais vivem de há muito tempo, apesar do processo de evolução positiva, no sentido de eliminarmos a intolererancia às diferenças, que atualmente presenciamos.
        A invisibilidade destes Povos principia pelo desconhecimento que a sociedade envolvente tem a seu respeito, e é percebido pela incompreensão da necessidade de inclusão social, e se comprova pela não aceitação, tabus e preconceitos que fazem parte da formação social, acredito que de parte a parte..
      Os idiomas falados por estes Indígenas são o Português e o Guarani. O português e ensinado na Escola Estadual Pedro N. Krás Borges em Águas Claras  e na Escola Municipal de Campo Bonito, as quais não professor indígena.
       A água consumida pelos índios não é encanada, e sim oriunda de poços e açudes que existem em, boa quantidade na Reserva.  A aldeia também não conta com esgoto e recolhimento de lixo.
    A aldeia conta com um galpão de aproximadamente 12 x 8 metros onde realiza suas sociabilidades, e uma casa remanescente do antigo proprietário, ora sendo utilizada como residência de algumas famílias.